quarta-feira, dezembro 01, 2004

Em Fevereiro de 2005...

Em princípio, serão convocadas eleições antecipadas para o mês de Fevereiro de 2005, e, em princípio sairá o Partido Socialista vencedor das próximas eleições.
O que não é necessariamente bom.
Note-se que nem o próprio PS aviltou a possibilidade de se convocarem eleições antecipadas, que, em bom rigor, não representam uma vitória para qualquer dos partidos do espectro político e muito menos para o País.
O Presidente da República decidiu, com alguns meses de atraso, e desta feita sem ouvir ninguém, que este governo não tinha condições para continuar à frente dos destinos do País.
Ficar-me-à na memória que o "agente provocador" foi um mui polémico ministro do desporto, que em declarações virulentas contra o chefe do Executivo, agitou a consciência do nosso Presidente da República e o impeliu, em face de mais uma trapalhada, a dissolver a AR e a convocar eleições antecipadas.
Ficar-me-à na memória que foi este "acontecimento" que fez cair o governo, dando mostras quer da impaciência de Sampaio, quer do mal estar e debilidade do governo.
E o que se segue, um PS com maioria absoluta?
Um PS com maioria relativa?
Nenhum dos cenários, em face desta precipitação para as urnas, se me afigura como desejável.
Maioria absoluta e um PS desfragmentado, com um líder que não convence, sem programa de governo capaz, que nem poderia ter ante a rapidez na mudança do cenário, e que reconhece não ter ou não tivesse nem sequer pedido na AR a convocação de eleições antecipadas.
Maioria relativa e a espada pendente da ingovernabilidade, só contornada pela celebração de alianças partidárias à esquerda, com o PCP? com o BE?
Incerto o futuro, mas certa apenas a "awful mess" em que nos encontramos, o desencanto da falta de alternativas, superadas e superáveis em desencanto apenas pela recorrente utilização do critério "à falta de melhor" na escolha daqueles que nos representam.


1 Comments:

Blogger Geraldo sem Pavor said...

Exacto.
Ganhe o PS.
Hipotequem o futuro de Portugal outra vez.
Façam mais crédito bonificado.
Mais Rendimento mínimo.
Mais despesa pública.
Mais Ministérios desnecessários
Mais subidas de vencimento para a Função Pública.
Ganhem votos
Conquistem fidelidades.

E depois fujam com o rabinho entra as pernas outra vez como fizeram em 2001, para a direita remendar os erros cometidos.

Aí amada pátria, que filhos pródigos tu tens!

2 de dezembro de 2004 às 17:40  

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